CARDEAL SIRI: REFLEXÃO SOBRE A MODA
Tradução: Gederson Falcometa
Moda é um costume que prescinde da racionalidade e isto significa que pode ser, e é muitas vezes de fato, irracional, e que vem imposto por uma pressão emotiva, não racional. Então, são dois os elementos constitutivos: o costume alógico e a imposição do exterior por vias de sugestão. O prescindir da racionalidade (que pode existir, mas que não é entendida), é fato deteriorante em quem, inteligente, livre e responsável deveria sempre usá-la. O aceitar uma imposição do exterior, sem motivos, coloca em perigo de seguir uma via má; porque o critério não aquele da bem informada consciência. No mais existe uma cessação e uma capitulação, que se dá em detrimento da dignidade. Este outro aspecto implica alguma coisa de deteriorante. Se tratará em cada caso de um pecado? Seria imprudente afirmá-lo, porque as modas podem se desenvolver em campos sobre os quais não grava a obrigação moral de fazer antes a um modo que ao outro, e porque frequentemente o seu processo de penetração é tão pouco advertível, a justificar um certo véu de desatenção, se não propriamente de consciência. Moda e inconsciência se encontram bem juntas. Todavia mesmo quando não se pode afirmar o pecado, permanece uma certa inconveniência pelas razões acima expostas.
Escrito pelo Cardeal Giuseppe Siri extraído do livro “Ideali santi e celeste presenza nel mondo”, Edizioni della Fraternità della Santissima Vergine Maria, 1965.
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