B. FULTON SHEEN: "A TENTAÇÃO DE SATANÁS: UM CRISTIANISMO SOCIAL"

 

Salvator Mundi de Cesare da Sesto, 1517 - Quadro da Pratos Celestes
Salvator Mundi de Cesare da Sesto, 1517


Beato Fulton Sheen
Tradução: Gederson Falcometa

-Queremos ser salvos, mas não dos nossos pecados-

 

Muitas almas temem que Nosso Senhor queira fazer exatamente o que está implícito em Seu nome "Jesus", ou "Aquele que nos salva de nossos pecados". Queremos ser salvos da pobreza, da guerra, da ignorância, da doença, da incerteza econômica: essas salvações não envolvem nossas paixões e concupiscências individuais.

 Esta é uma das razões da grande popularidade do cristianismo "social", razão pela qual muitos dizem que o cristianismo deve contribuir apenas para a limpeza das favelas ou para o desenvolvimento das relações internacionais. Este tipo de religião é, na verdade, muito conveniente, porque deixa a consciência individual tranquila.

A primeira tentação de Satanás na Montanha foi tentar induzir Nosso Senhor Jesus a renunciar à redenção e salvação das almas para se dedicar à salvação social transformando pedras em pães, com base na falsa suposição de que estômagos famintos e não a corações corruptos se devia a infelicidade humana.

 Alguns homens, por sentirem maior necessidade de religião, estão dispostos a associar-se a uma seita cristã desde que se dedique à "elevação social" ou à eliminação da dor, sem investir na necessidade individual de expiar os pecados.

 À mesa, geralmente, os homens não se opõem a falar sobre religião, desde que religião não tenha nada a ver com redenção do pecado e da culpa. Assim, muitas almas assustadas permanecem trêmulas no limiar da bem-aventurança e não se atrevem a entrar "por medo de que, tendo Ele, nada mais tenham senão Ele".

 Bem-aventurado Fulton J. Sheen, "A Paz da Alma"

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